quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Falta de iluminação em ruas do centro à periferia provoca sentimentos de insegurança e revolta em contribuintes


Empresa de Desenvolvimento Urbano aponta furto de fios como o principal motivo da escuridão em ruas de Porto Velho
 
Avenida Mamoré, bairro Cascalheira (Foto: Hosana Morais/Focas do Madeira)

A falta de iluminação pública é motivo de reclamação em diversas regiões de Porto Velho, seja na área central ou na periferia da cidade. Lucas Beltrão mora na Estrada dos Japoneses e estuda na Faculdade Faro, localizada na BR-364. Segundo o estudante, a insegurança provocada pela escuridão faz com ele saia de sala antes do final da aula, tudo para evitar ser vítima de algum crime. Do outro lado da cidade, na avenida Migrantes, o receio é parecido. O técnico em redes Lucas Mendes, que trabalha na Eletrobrás Rondônia e mora no bairro Socialista, afirma ter sido vítima de assalto oito vezes. "Se eu desvio o caminho para não ser assaltado, corro o risco de ser atropelado, porque ando de bicicleta", afirma. 

Na rua Tabajara, entre avenidas Farquhar e Presidente Dutra, a falta de iluminação causa revolta. “Não ter luz aqui nessa rua em plena região central é um cúmulo.  Já deixei de usar academia do Sesc porque não tem energia na rua Tabajara, me sinto desprezada.” Moradora do bairro Arigolândia, a professora preferiu não ter seu nome divulgado. Segundo ela, por diversas vezes precisou abrir mão de atividades de lazer devido a escuridão no local.

Gerlen de Oliveira estuda na Faculdade Uniron, localizada na avenida Mamoré, bairro Cascalheira, conta que o único ponto de luz em frente a faculdade é o do ponto de ônibus. As lâmpadas dos postes estão apagadas. “Todo dia preciso me imprensar na parada de ônibus. Eu me pergunto: quem é o culpado por essa situação?"

Segundo Gerardo Martins, presidente da Empresa de Desenvolvimento Urbano (Emdur), órgão da prefeitura de Porto Velho responsável pela iluminação das vias públicas, no trecho da avenida Mamoré onde está a Uniron há casos constantes de furtos de cabos da rede elétrica. “Criminosos roubaram os cabos todas as vezes que as instalações foram feitas, prejudicando o trabalho feito pela Emdur”. 

Os roubos não são exclusivos da zona Leste, Martins informou que este ano já foram roubados os cabos nas avenidas Migrantes, Calama e Abunã. Para a manutenção é necessária  licitação para a compra de novos cabos, explicou Gerardo.

Em relação a Estrada dos Japoneses, Martins afirma que está em andamento um projeto com a Eletrobrás para que possam ser instaladas redes de baixa tensão na localidade. “Lá a energia é de alta tensão e não tenho como instalar nada sem alterar a rede”, explica.

Avenida Migrantes com Rio Madeira não possui iluminação pública (Hosana Morais/Focas do Madeira)

Ordem de Serviço

O presidente da Emdur afirmou que a partir de janeiro de 2015 a empresa só irá atender por ordem de serviço. O contribuinte poderá ligar para a central de atendimento (0800 642 6331), solicitar o serviço, que, conforme Geraldo Martins, será atendido em até 72 horas.  O serviço antes demorava cerca de 20 dias. A Emdur dispõe de dez equipes, divididas entre manhã e noite, para atender toda a capital.

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Pauta e apuração: Hosana Morais (5º período)
Edição : Marcela Ximenes

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