“Hoje eu não consigo mais andar tanto como eu andava antes. Mas, eu vou tocando a vida do jeito que posso”, disse o DJ.
Eduardo sofreu um acidente em maio de 2014, após misturar álcool e direção (Foto: Hosana Morais:Focas do Madeira) |
De acordo com Eduardo, ele só acordou com a chegada do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). "Eu só me lembro que desmaiei
e acordei depois com os médicos", contou.
"Eu cheguei a certo ponto que não aguentava mais fazer o
tratamento indicado, já não conseguia tomar tanto remédio forte. Já tinha pego
três infecções na perna e já havia perdido 10 centímetros do osso. Então a minha
recuperação seria mais difícil do que se eu fizesse a amputação", explica
Eduardo.
Depois de alguns dias, Eduardo teve alta, e foi
encaminhado para fisioterapia com sua prótese, começava então a sua adaptação a
uma perna mecânica, que, segundo ele, foi até rápida. "Na verdade ainda estou
me adaptando, mas em seis meses de fisioterapia já estava liberado, ficou no
padrão que as fisioterapeutas indicam, apesar de quando eu estou em casa eu
prefiro usar as muletas e a cadeira de rodas", disse Eduardo.
Conforme a fisioterapeuta de Eduardo, Rose Paiva, a adaptação foi boa graças a fisioterapia e a psicologia. "Sempre têm alguns contratempo em relação à adaptação da protetização, mas ele se adaptou bem. No início é normal o paciente se sentir pra baixo. Ele também viu que não era só ele que estava nessa situação. Esse apoio se deve a fisioterapia e a psicologia juntas”, explica Rose.
O DJ faz parte da estatística de acidentes provocados
pela mistura de direção e bebida alcoólica. Eduardo é consciente que ele mesmo
causou seu acidente. "Foi imprudência, porque quando você está alcoolizado você
assume o risco de você machucar a si e ao próximo", admite o DJ.
Eduardo usa prótese após ter amputado sua perna em 2015(Foto: Hosana Morais/Focas do Madeira) |
Para Eduardo, a redução da mobilidade foi a sequela mais
dolorida. "Hoje eu não consigo mais andar tanto como eu andava antes. E se tem
uma escada eu tenho dificuldade. Mas, eu vou tocando a vida do jeito que posso",
disse o DJ.
De tudo o que viveu após o acidente, Eduardo diz que
aprendeu a valorizar as pequenas coisas. "Dá valor a vida a maior lição foi
essa. Naquela situação você percebe o quanto é importante a sua vida para você
e para os seus familiares. Sua mãe, seus irmãos tudo junto com você ali aquele
momento", finalizou.
Eduardo recebeu o Seguro de Danos Pessoais Causados por
Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) depois do acidente. E no início
de 2016, passou a receber o auxílio-doença do Instituto Nacional do Seguro Social
(Inss).
De acordo com o Anuário de Estatísticas de Acidentes de
Trânsito (Renaest), produzido pelo Departamento de Trânsito de Rondônia
(Detran-RO), no ano de 2014 foram
registrados 12.684 acidentes em Rondônia. A 7° multa mais aplicada no estado
foi dirigir alcoolizado ou sobre efeito de droga, segundo Renaest.
Operação Lei Seca é realizada em Porto Velho para diminuir acidentes de trânsito (Foto: Hosana Morais/Focas do Madeira ) |
Fiscalização
Conforme o comandante da Companhia Independe de Policiamento de Trânsito (Cia de Trânsito) da Polícia Militar, tenente-coronel Alexandre de Lima, operações são realizadas para diminuir o índice de acidentes em Porto Velho.
Conforme o comandante da Companhia Independe de Policiamento de Trânsito (Cia de Trânsito) da Polícia Militar, tenente-coronel Alexandre de Lima, operações são realizadas para diminuir o índice de acidentes em Porto Velho.
Existem diversas blitze, como a equipe Lei Seca, que atua
na parte da tarde e noite, que tem como objetivo a diminuição da combinação
direção e bebida alcoólica. Outra abordagem utilizada pela Cia de Transito é a
Operação Cavalo de Aço, que fiscaliza os documentos do motociclista e do
veículo. A cada blitz uma média de 35 motos são recolhidas pelos agentes de
trânsito. "Temos uma blitz convencional que fiscaliza as infrações municipais
de estacionamento, ultrapassar sinal fechado, entre outras infrações comuns", acrescentou
De Lima.
Segundo o tenente
coronel, a Operação Lei Seca é realizada em conjunto com o Departamento de
Trânsito de Rondônia (Detran). São feitas por semana 11 blitze dos mais
variados modelos.
Pauta e texto:Hosana Morais
Edição: Marcela Ximenes
Edição: Marcela Ximenes
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